A correta instalação de uma ETE pode significar cerca de 70% de econômia para uma empresa. Com base nisso, podemos imaginar a importância na hora de instalar uma Estação de Tratamento de Esgoto.
Mas antes disso, vamos entender melhor algumas questões. Entende-se por efluentes os resíduos oriundos das indústrias, dos esgotos e das redes pluviais, que podem se encontrar na forma líquida ou gasosa.
Nos processos industriais, os efluentes variam conforme o tipo de produção de cada indústria e sua utilização de água. Logo, os esgotos podem conter substâncias altamente contaminantes e tóxicas, sendo prejudiciais a saúde.
Atualmente, o grande problema é o descarte desses efluentes. Geralmente, eles são lançados no meio ambiente e, por isso, precisam de um tratamento adequado para não contaminar os solos e os mares.
As Estações de Tratamento de Efluentes (ETE) são unidades operacionais. Essas permitem o reuso da água tratada em outros ambientes da empresa ou no próprio processo industrial.
Como são muitos os impactos ambientais gerados pelos efluentes, o Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) estabeleceu condições e parâmetros aos efluentes descartados e reclassificou os corpos d’água.
O tratamento de efluentes é uma exigência da legislação ambiental e a fiscalização sobre ela está se tornando cada vez mais rigorosa. Por isso, sanções são impostas ao descumprimento das medidas por ela estabelecidas. Caso você se interesse em aprofundar mais nesse assunto, acesse a portaria do Conama.
Os processos de tratamento se dividem, basicamente, em físico-químico e biológico, de acordo com a natureza dos resíduos a serem removidos.
No tratamento físico-químico, ocorrem reações químicas que, com a ajuda de produtos químicos, separam a as fases sólidas e líquidas, removendo os contaminantes.
Já no tratamento biológico, microrganismos e bactérias consomem a matéria orgânica poluente. Isso ocorre através de um processo de respiração ou por floculação biológica em tanques de aeração e separação dos flocos em decantadores.
Como funciona uma estação de tratamento convencional?
Em uma ETE convencional, o efluente passa pelas etapas descritas a seguir.
Pré tratamento em uma ETE
Consiste em aplicar técnicas de separação de sólidos, no caso, gradeamento e desarenação.
No primeiro, os sólidos de maiores dimensões contidos no efluente são barrados por um conjunto de grades metálicas. Assim, se previne a danificação dos equipamentos ao longo da unidade.
Na desarenação, os flocos de areia sedimentam no tanque, enquanto as matérias orgânicas vão para a camada superior. Tal processo evita possíveis obstruções e facilita o transporte do líquido.
Tratamento primário em uma ETE
Nesta etapa, em que o efluente já está com um aspecto melhor, acontecem os processos físico-químicos propriamente ditos. Dessa forma, são feitas remoções dos sólidos em suspensão, materiais flutuantes e matéria orgânica.
Primeiramente, adicionam-se produtos químicos a fim de equalizar e neutralizar a carga e encaminhar ao processo de floculação, onde as partículas poluentes se agrupam.
Em seguida, ocorre a decantação primária, em que o efluente flui devagar através do decantador para que o lodo (fase sólida) e o efluente bruto (fase líquida) se separem.
Em seguida, os processos físico-químicos não são mais suficientes para remover as pequenas partículas poluentes. Logo, o efluente é direcionado a tratamentos bioquímicos.
Tratamento secundário em uma ETE
O tratamento secundário consiste em remover a matéria orgânica dissolvida ou em suspensão, através de processos aeróbicos ou anaeróbicos. Dependendo da eficácia, essa etapa já permite obter um efluente consideravelmente tratado.
Os processos aeróbicos são aplicados em partículas finas em suspensão, onde ocorre o processo natural de composição.
Já nos anaeróbicos, há a ação de microrganismos que consomem a matéria orgânica em tanques de aeração, convertendo-a em gás carbônico, material celular e água.
Após isso, realiza-se a decantação secundária, na qual há a clarificação do efluente nos decantadores, através da sedimentação dos sólidos em suspensão.
Com essa sedimentação, consequentemente, o lodo se concentra , o que possibilita ser descartado e/ou tratado em uma seção exclusiva sem comprometer o processo.
A maior parte das estações de tratamento, com um projeto bem estruturado e acompanhado, consegue finalizar o processo nessa etapa.
A importância de se considerar também outros tratamentos pela ETE
De acordo com o tipo de poluição do efluente e do grau de depuração que se deseja obter, cabe analisar a realização da próxima etapa.
Tratamento terciário em uma ETE
Consiste em aplicar técnicas para remover poluentes específicos que não foram retirados pelos processos mais comuns. Ocorre por meio da filtração, ozonização, cloração, osmose reversa, troca iônica, eletrodiálise, entre outros processos.
O efluente oriundo do tratamento secundário pode ser usado para fins não potáveis, como lavagem de ruas ou ambientes da empresa, pois, mesmo tratado, substâncias indesejáveis podem estar contidas no efluente.
Tratamento do lodo em uma ETE
O lodo é um dos subprodutos de todo esse processo. Na fase primária, ele é constituído pelos sólidos em suspensão removidos do efluente bruto, e na secundária, pela reprodução dos microrganismos.
Para tratá-lo, primeiramente, retira-se a água contida nele, reduzindo assim seu volume. Esse processo é chamado adensamento e acontece nos adensadores e flotadores.
Em seguida, realiza-se a digestão anaeróbica, visando reduzir seu volume e os microrganismos patogênicos e aproveitar o lodo na agricultura, por exemplo.
A terceira etapa consiste em coagular os sólidos e remover a umidade, submetendo o lodo a processos químicos e desidratação.
O lodo tratado pode ser aplicado como fonte de húmus e utilizado em atividades agrícolas por ser rico em nutrientes. Ou então, pode ser descartado em aterros sanitários ou incineradores.
Além do lodo, outro subproduto é gerado durante o tratamento de efluente: o biogás. Existem alguns estudos sobre o aproveitamento do mesmo para a geração de energia elétrica, combustível, gás doméstico e industrial.
A Importância em implantar uma ETE?
Agora que você já sabe como funciona uma estação de tratamento de efluente, fica mais fácil imaginar o impacto que isso teria na sua empresa, certo?
Pois bem, diversos ramos precisam de uma ETE: indústria de alimentos, de cosméticos, de cerâmicas, de bebidas, entre outras. Todas, certamente, têm o mesmo desejo: otimizar seu processo de produção.
Essa otimização é garantida com a implantação de uma ETE, pois são completamente automatizadas, dispensando gastos com operações manuais. Além disso, apresenta poucas despesas com energia e produtos químicos.
Outro fator preponderante é atender à norma prevista pelo Conama. Ou seja, colocar a empresa em cumprimento com a legislação ambiental, o que é um aspecto muito positivo aos olhos de clientes, por exemplo.
Estima-se que aplicando o processo de tratamento, uma indústria tem potencial de economizar até 70%. Portanto, a procura por projetos inteligentes e eficazes de ETE’s tem crescido muito nos últimos anos.
As ETE’s compactas também vêm conquistando as pequenas/médias empresas, que buscam um serviço mais simples, econômico, mas com a mesma eficiência de uma convencional.
É visível, portanto, a importância de se ter uma ETE para otimizar o processo industrial. Visto que busca soluções eficazes e rentáveis, além de preservar a natureza e cumprir a lei, sem comprometer o orçamento da empresa.
Se você deseja dar um novo destino aos efluentes gerados na sua empresa, uma alternativa viável e para seu negócio é entrar em contato com a AVF Saneamento, possuímos soluções econômicas para te auxiliar na implantação de ETE’s.
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A implantação de uma ETE é um grande investimento. Por isso, é imprescindível que a empresa fabricante seja de confiança e tenha responsabilidade e compromisso com o que faz.
A AVF Sanemanto realiza consultoria na implantação de ETE’s em empresas, entidades e na sociedade em geral.
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